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Nota de REPÚDIO



A Executiva Nacional dos Estudantes de Arqueologia, vem por meio deste, REPUDIAR a Sociedade de Arqueologia Brasileira- SAB, pela falta de celeridade e comprometimento com as denúncias levadas a esta sociedade, nos últimos tempos. Como uma sociedade que preza a representar os arqueólogues, não leva a sério suas próprias normas e prazos quando uma denúncia se encaminha a eles? É inadmissível, esperar por quase um ano, por uma resposta de uma denúncia. É inadmissível, levar um assunto delicado, de algo que se repete em diferentes campos da arqueologia, para um espaço em que tentamos confiar, com pessoas que deveriam nos representar nesta sociedade e não ser ouvida. O descaso com as denúncias, não vem de agora. Não é algo novo, ouvir de alunos e arqueólogues, que não adianta denunciar, já que a justiça não chega em quem conquistou um certo lugar de “prestígio”, por um caminho regado de preconceitos, assédios, misoginia e machismo.

Nós, estudantes, membros da ExNEArqueo, nos solidarizamos com as vítimas e, buscando cumprir nosso papel na comunidade estudantil, encaminhamos uma denuncia, acreditando na boa fé do atual Código de Ética da SAB, em julho do ano passado e infelizmente, sem grandes surpresas, está denuncia nem se quer foi analisada, mesmo envolvendo membros da SAB, nenhum suporte às vítimas foi prestado, nem um esclarecimento nos foi dado, a onze meses. Infelizmente, um pronunciamento claro sobre o ocorrido ou uma devolutiva na qual poderia-se construir um diálogo em prol da segurança das vítimas, bem como de toda comunidade acadêmica, por extensão, não ocorreu. A Sociedade de Arqueologia, com um conselho de ética bem estruturado, divulgado em seu site oficial, na qual já realizou campanha contra o assédio, ao negligenciar nossas denúncias, não nos parece cumprir com sua função. Qual motivo levaria o conselho de ética a arrastar as tomadas de providências contra o assédio cometido por um professor, Dr. e membro da SAB?

Campanha e palavras para enfeitar redes sociais não cumprirão com a justiça às necessidades de acolhimento que as vítimas tem por direito. Não nos calaremos, não recuaremos. Nos faremos presentes e contínuos na luta contra o assédio às mulheres que enfrentam o machismo estrutural. O silenciamento de um caso de assédio é o silenciamento de dores de todas as vítimas que sofreram de situações parecidas e a compactação com o sofrimento das vítimas futuras. A ausência de diálogo com os estudantes e do posicionamento com profissionais da área, reflete uma vez mais, o grande elitismo e opressão sofridos por tantos, nos trazendo a reflexão de quantos casos mais não foram e são assim silenciados. Ou que serão.

Às vítimas, nosso absoluto apoio e disposição para o desenvolvimento de ações e criação de iniciativas para a resolução de tais problemas e contenção de eventos futuros. Embora sem o apoio da Sociedade Brasileira, a Executiva não se absterá de lutar pelo direito dos estudantes e servidores de arqueologia de serem tratados dignamente dentro da área, continuaremos na luta por uma arqueologia mais justa para todos e principalmente para as mulheres. #nãopassarão


 
 
 

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